"Pensar e agir em direção à sustentabilidade, é muito mais do que cuidar da Natureza: nós somos a própria Natureza. É olhar para si mesmo com o coração aberto, receber com amor a sua vida e compartilhar com generosidade o seu melhor com todo o mundo. Ser sustentável é viver com amor, é viver nossa espiritualidade, é dar voz à nossa Natureza Divina"
Yumi Hada


ÁGUA

 

A água é um recurso natural da maior importância e a vida no planeta depende de sua existência e qualidade. Além de compor as células do corpo de grande parte dos seres vivos, a água é fundamental para o cultivo agrícola, criação de animais, como via de comunicação, regulação do clima, geração de energia, equilíbrio dos ecossistemas e usos diversos. A água não é só matéria. Ela possui diferentes dimensões simbólicas e faz parte do imaginário de culturas diversas.

Apesar de 70% da superfície do planeta ser constituído de água, somente 2,5% desse volume é de água doce, com grande parcela de difícil acesso como águas subterrâneas. Parte da água disponível também sofre com diferentes contaminantes (pesticidas, metais pesados, entre outros) e grande parte é utilizada indevidamente. Assim, é um equívoco pensar que a água que possibilita a vida no planeta está disponível infinitamente.

O Brasil possui grandes reservas de água doce, mas sua distribuição não é uniforme, havendo estados que contam com grande volume de água de rios e outros estados que sofrem com anos de seca.

A escassez da água tem sido tema em muitos fóruns (como o Fórum Mundial da Água e sua versão alternativa), e há quem defenda sua privatização. De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia (Fonte: SABESP) e utilizá-la de modo sustentável é fundamental.

Cada um de nós é responsável pela utilização responsável da água e você pode colaborar para isso com hábitos simples. Vamos ver alguns exemplos:

  • Não jogue lixo no vaso sanitário (papel higiênico, fio dental, cabelos). Com isso você evita entupimentos e, consequentemente, o desperdício de água;
  • Ao lavar as mãos, escovar os dentes ou fazer a barba feche a torneira. Outra ideia é usar um copo de água para o enxágue;
  • Aperte a descarga apenas o tempo suficiente e quando estiver em casa, só utilize-a quando necessário;
  • Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando e seja rápido no banho. Banho de ducha por 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água. Se fechamos o registro, ao se ensaboar, e reduzimos o tempo para 5 minutos, o consumo cai para 45 litros.
  • Feche a torneira ao lavar a louça. Deixar a torneira da pia ligada por quatro minutos gasta 55,2 litros. A sugestão é primeiro tirar o excesso de comida dos utensílios domésticos, ensaboá-los e só então ligar a torneira;
  • A lavadora, para auxiliar na economia, só deve ser utilizada quando estiver cheia. Máquinas com capacidade para 40 talheres e 45 utensílios gastam 40 litros;
  • Uma máquina de lavar com cinco quilos de roupa gasta em média 135 litros de água. Para economizar, o recomendado é juntar a roupa suja e só lavar uma vez por semana;
  • Não lave a calçada com mangueira. Faça a limpeza com vassoura e, se necessário, utilize água em balde, preferencialmente a água que sobrou da lavagem das roupas. Usar a mangueira como “vassoura” durante 15 minutos pode desperdiçar cerca de 280 litros de água;
  • No verão, regue as plantas pela manhã ou à noite. Durante o inverno, pela manhã, em dias alternados. Molhe sempre a base das plantas e não as folhas;
  • Quando viável, instale sistemas simples de captação de águas pluviais, que pode ser usada na limpeza dos edifícios (água de reúso);
  • Instale redutores de vazão em torneiras temporizadas;
  • Verifique vazamentos. Uma torneira pingando uma gota a cada 5 segundos representa mais de 20 litros de água desperdiçados em apenas um dia;
  • Lembra daqueles mais de 130 litros de água que a sua máquina de lavar usou? Experimente não deixá-la ir embora pelo ralo e guardá-la para limpar o quintal de casa. Outra opção é usar a boa e velha vassoura.
 

Fontes: SABESP; http://g1.globo.com/economia/crise-da-agua/como-economizar-agua.html; http://www.worldwaterforum8.org/pt-br/home

A matriz energética brasileira, embora bastante diversificada, é fortemente sustentada pela produção das usinas hidrelétricas, que representa em torno de 65% da oferta interna de energia elétrica.

Entretanto, a energia originada a partir do potencial hídrico exige intervenções com significativo impacto ambiental e sociopolítico. A formação dos reservatórios atinge geralmente terras agricultáveis, desintegrando a população local que perde suas raízes sociais e fontes de renda, além de alterar ecossistemas aquáticos e terrestres, afetando notavelmente a fauna e a flora locais.

Ao reduzir o consumo de energia de energia elétrica, diminuímos a necessidade de construção dessas novas usinas.

Você pode contribuir para transformar esta realidade, adotando práticas como:

  • Utilize ao máximo a luz e ventilação natural no ambiente de trabalho;
  • Limpe regularmente as luminárias e lâmpadas. A sujeira reduz a iluminação;
  • Desligue o monitor do computador quando se ausentar por mais de 15 mim. A proteção de tela é responsável por até 80% do consumo de energia do computador;
  • Use o ar-condicionado de forma racional. As temperaturas muito baixas consomem mais energia. Então, regule a temperatura de acordo com o ambiente, evitando o frio excessivo;
  • Portas e janelas devem permanecer fechadas quando o ar-condicionado estiver ligado, para evitar a saída de ar resfriado e impedir a entrada do ar externo e não sobrecarregar o equipamento;
  • Não deixe carregadores na tomada enquanto não forem utilizados;
  • Não deixe a TV ligada sem necessidade. Escolha um aparelho com timer que, se programado,desliga automaticamente;
  • Acumule grande quantidade de roupa e a passe de uma só vez e passe roupas leves, como lingeries, após desligar o ferro;
  • Não coloque alimentos quentes na geladeira ou no congelador, pois isto aumenta a produção de calor.

Fontes: Eletropaulo e Boletim Mensal de Energia de Janeiro/2018, divulgado pelo MME.

De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores -Ibá, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking dos países produtores de celulose, matéria-prima utilizada na fabricação de diversos tipos de papéis, e o primeiro produtor mundial de celulose de eucalipto. A celulose de fibra curta é ideal para a produção de papéis como os de imprimir, escrever e de fins sanitários (papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos).

Os problemas ambientais relacionados à produção e consumo de papéis são de grande escala, com os principais impactos relacionados ao alto consumo de matéria prima – especialmente madeira, água e energia. Além de usar intensivamente recursos florestais, o processo de produção de celulose para a fabricação do papel gera quantidades consideráveis de resíduos sólidos, tais como: lodo de cal, cinza de caldeira, lodo biológico, e diversos tipos de sais.

O papel A4 - 75 g/m2 ocupa posição de destaque quanto ao uso nas ações rotineiras. Apesar de muitos processos terem sido automatizados, o consumo de papel na administração pública ainda é considerado um dos grandes “vilões” do desperdício.

Segundo o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, estima-se que haja um uso anual de quatro mil folhas de papel por servidor. E, considerando que o TRT-2 possui  aproximadamente 6 mil servidores/magistrados ativos, o uso total por ano pode chegar a 24 milhões de folhas, 48 mil resmas, isto é, pacotes com 500 folhas.

Ao reduzirmos o consumo de papel, estamos contribuindo para reduzir o consumo de árvores necessárias para a sua produção e estamos indo em direção a um desenvolvimento mais harmônico e sustentável.

Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se tornou uma meta fundamental para a humanidade. É essencial a colaboração de todos a fim de buscar meios alternativos para evitar tal desperdício.

Algumas dicas simples ajudam a reduzir o consumo de papel, além de contribuir na redução dos impactos gerados no Meio Ambiente:

  •  Avalie se há necessidade de impressão. Se o documento puder se armazenado no computador, pen drive ou hd externo, melhor;
  •  Disponibilize documentos por e-mail ou outras formas, evitando impressões desnecessárias;
  •  Configure sua impressora para automaticamente imprimir frente e verso;
  •  Use a opção EcoFont, estilo de fonte desenvolvida especialmente para economizar tinta nas impressões (assim também economiza nos cartuchos);
  •  Se for imprimir documento com muitas páginas, trabalhe com a formatação, como a ampliação da margem de impressão. A redução de uma página no arquivo original pode resultar na economia de centenas de folhas;
  •  Reutilize impressos antigos como rascunho;
  •  Não é possível mais reaproveitar o papel usado? Separe-o para a reciclagem. Mesmo que esse processo também consuma energia, o papel reciclado evita que árvores sejam derrubadas, além de consumir menos água ao ser produzido. Cada tonelada de papel enviado para o processo de reciclagem deixa de ocupar uma área de aproximadamente 3 metros cúbicos nos aterros sanitários. É possível reciclar um papel com textura de boa qualidade até sete vezes;
  •  Se for imprimir apresentações em Power Point, opte pelo modo “Folheto”, na área de configurações, ao invés de “Página Inteira”. A opção comporta até seis slides por folha. Outro recurso econômico é imprimir o material em preto e branco, eliminando a cor de fundo. Dessa forma, a reprodução do slide ficará melhor na fotocópia, você economizará tonner e terá um material de qualidade.

Fontes: http://www.mma.gov.br, http://iba.org/pt/produtos/celulose e http://www.ipea.gov.br.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/2010, estabelece dentre seus objetivos a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, conforme o inc. II, art. 7º.

Todavia, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, documento elaborado pela ABRELPE -  Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, informa que foram geradas 196.050 toneladas de lixo por dia no Brasil em 2017.

A situação é ainda mais alarmante quando se considera o percentual da reciclagem. Segundo o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apenas 13% dos resíduos sólidos urbanos são destinados à reciclagem no país.

Além disso, segundo a ONU, até 2050 poderemos ter mais plástico que peixes no mar se a população mundial não mudar seus hábitos de consumo. A fim de mudar essa perspectiva, a ONU Meio Ambiente criou a Campanha Mares Limpos, a qual foi lançada no Brasil em 2017. Assim, durante cinco anos serão adotadas ações para conter o plástico nos oceanos. https://nacoesunidas.org/campanha-mares-limpos-celebra-dois-anos-de-atividades-contra-o-lixo-plastico/.

Nesse sentido, incluímos na 2ª edição do Jogo Virtual os itens de geração de lixo a fim de estimular a cultura da não geração, da redução e da separação correta de resíduos com a inclusão de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Assim, além de contribuir para a preservação do planeta, o descarte correto gera renda e inclusão social para os cooperados.

Você pode contribuir para aprimorar a gestão de resíduos sólidos adotando as seguintes práticas:

  • usar ecobags para fazer compras;
  • dar preferência a produtos sem embalagens ou com a menor quantidade de embalagem possível;
  • recusar canudos, copos e outros objetos descartáveis;
  • evitar bandejas e marmitex de isopor, tendo em vista que esse tipo de material, apesar de reciclável, geralmente não é aceito pelas cooperativas de catadores;
  • descartar nas lixeiras com saco AZUL as embalagens plásticas, Tetra Pak, de pasta de dente, de papelão sem gordura, latas de alumínio, isopor de embalagens de produtos eletrônicos, fitilhos dentre outras;
  • descartar nas lixeiras com saco PRETO/CINZA resíduos de comida e frutas, guardanapos e papel toalha usados; lenço umedecido; isopor de embalagens de alimentos; materiais com cola: fita crepe, durex e etiquetas adesivas.
  • descartar pilhas, baterias, celulares e carregadores nos coletores laranja, que estão presentes em todos os edifícios deste Regional.

Fontes: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2017, elaborado pela ABRELPE,  http://www.ipea.gov.br e Nações Unidas Brasil: https://nacoesunidas.org/lancamento-nacional-da-campanha-mares-limpos-e-destaque-da-semana-mundial-do-meio-ambiente/.